quarta-feira, 19 de agosto de 2015

A história da história


A história da história

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Somos o resultado de uma história: uma história de convívio familiar, e de relacionamentos, pelas permanências e convivências. Airton Ortiz diz que somos o resultado dos livros que lemos, das viagens que fazemos, e das pessoas que amamos. Mas ainda assim, somos mais que almas perdidas, com as sensações organolépticas de um corpo em decomposição. Estamos envolvidos em vários universos, entre os visíveis e os invisíveis; os permeáveis e os impermeáveis.
Existe uma infinidade de histórias ao nosso redor. Histórias e estórias que constroem o mundo e os que participam das histórias, quer sejam atores, protagonistas ou simples coadjuvantes e figurantes. Por trás de um filme ainda há os maquiadores e os figurinistas; e mais outros ‘istas’. E achamos e entendemos, que existe apenas a ficção do filme projetado na tela, e a imagem do mundo real diante de nossos olhos.
Uma história pessoal é modificada pelos os locais que estudamos; uma história do bairro em que crescemos; uma história da cidade em que moramos; e uma história do país em que nascemos. Influenciamos o meio no qual vivemos, e somos influenciados pelos meios em que passamos e que vivemos, com um arrodeio, uma volta no quarteirão, um passeio na praça. Passeios, excursões, incursões e viagens. A Europa evolui com suas viagens de pesquisas e descobertas. Aprenderam muito com indígenas e apaches, maias, incas e astecas; e alguns aborígenes. Usurparam um conhecimento, desprezando os nativos, em nome de terras com minerais e vegetais. Com o respaldo de seus papéis.
Existe uma história além de nossos olhos. Uma história que é construída, contada e apregoada em uma sequência lógica e cronológica. Resultado da história contada e apregoada nas escolas. A história que vemos e ouvimos todos os dias nos noticiários do rádio e da televisão. Histórias em manchetes de jornais, editados e publicados com uma sequência de datas, formando uma cronologia dos fatos. O período que não vivemos é a história, contada para entender os fatos entrelaçados e inter-relacionados.
Vestimentas e comportamentos, remédios e alimentos são utilizados com formas diversas de usos e preparos, alterados ao longo do tempo; pesquisados e utilizados; descritos e prescritos na história. Usos e costumes são os resultados deste desenrolar de uma história. Vivemos um filme real em 3D, com passado e presente, com um futuro ainda ausente.
A história descrita não passa de fatos acontecidos e escolhidos, para fazer parte de uma história, descrita, contada e relatada. Uma história para ser contada e repassada de gerações para gerações, reforçando o início da história. Reforçando os autores da história que praticam uma geografia no seu dia a dia. A história é a geografia contada cronologicamente. A história do homem com suas epopeias, viagens e conquistas. As histórias dos pedaços de terra que se tornaram estados e países. As cidades com presenças renomadas em um espaço não ocupado, declarando ali ser uma nova cidade fundada. A partir de um marco zero, um marco geográfico e um marco histórico. Um marco cronológico a ser iniciado.
Com o cronometro zerado as histórias passam a ser criadas e contadas. As histórias das cidades e seus habitantes ao longo de um tempo. Com invasões, ocupações e conquistas. As histórias das plantações formam a história da alimentação, que formam uma história cultural, com hábitos e costumes. Uma história formada por cantos e danças no processo de preparar a terra, arar e semear; cultivar e cuidar de seu crescimento e amadurecimento. Por fim, o evento de colher e escolher; estocar e conservar. O tempo da colheita com festas, agradecimentos e comemorações. A próxima etapa é a cozinha, fazendo misturas e transformações, que são levadas a mesa.  Na mesa uma descrição histórica com ornamentos, alimentos e costumes; copos, pratos e talheres. Maneiras e modos de oferecer e servir, comer e degustar; no período entre sentar e levantar; do orar ao arrotar.
E as histórias dos solos e suas diversas rochas.  Solos e rochas que serviram a construções de habitações, solos que construíram cidades. Com a história do carbono, identifica-se os fatos não documentados, fatos distantes de um tempo passado e não presenciado.
A história começa em algum lugar. Lá do outro lado do mundo com fatos não escritos, apenas narrados, passados de um para outro, entre amigos e conhecidos, transeuntes e viajantes. Passados de pai para filho, de avô para neto, de família em família. Um emaranhado de seres que contaram uma história fazendo preservar fatos acontecidos em uma geografia, tornando-se uma história. E a ciência procura documentos, faz escavações, tentando comprovar fatos, com analises de carbonos e gestos de ossadas descobertas.
Para quem nasceu, mora, e está no Brasil a história começou com o descobrimento (1500). O que existia antes não estava documentado. Os portugueses desembarcaram com papeis e escritas, com a tinta sobre o papel. E a terra foi ocupada e dividida em capitanias hereditárias, com tudo escrito e documentado para um registro dos atos do direito, e registro de uma história a ser contada. A família real transferiu-se de Portugal para as terras conquistadas. Casas particulares foram requisitadas para serem ocupadas, identificadas com as siglas do príncipe regente (PR), dando a interpretação de ponha-se na rua ou prédio roubado.  Com a família real, escravos e os brasileiros; com os imigrantes e invasores os comportamentos foram incorporados. Resultou um brasiliano no meio de tantas influencias, com heranças e arquétipos de brasileiros. A profissão dos aventureiros que chegaram para explorar o pau brasil, tornou-se o estigma do povo que aqui foi criado.
Formaram-se as vilas e cidades com as aglomerações de pessoas. E vieram os governadores. Com a independência, o Brasil passa a participar do coletivo mundial, e uma nova história começava. Com a republica chegaram os presidentes, escolhidos por votos secretamente contados. Com descobertas e colonizações, invasões e ocupações, a história brasileira zera, e recomeça com arquétipos e influencias.
A história saiu lá do outro lado do mundo e chegou na Europa. A Europa com inúmeros países criou disputas bélicas com pedras, espadas, pólvoras e conhecimentos. E para não ter a sua história perdida na memória, ou perdida na própria história, contabilizou os fatos exercendo uma escrita, escreveu a própria história. E de maneira cronológica um dia começamos a fazer parte de sua história. A cada nova terra descoberta, a cada nova ocupação e cada nova colônia, teve seus rumos mudados na própria história. Um rumo mudado por ocupações e influencias, ausências e permanências.
Por muitas vezes é preciso sair do lugar onde se vive para enxergar com outros olhos, visões diferentes de quem vive permanentemente ali. E outras vezes é preciso chegar a um novo lugar para enxergar também diferente dos que vivem o dia a dia no mesmo lugar. Quem vive em um lugar, é influenciado permanentemente por notícias e novas pessoas que chegam, e não percebe a própria mudança ao longo do tempo. É como se olhar todos os dias em um espelho e não perceber mudanças, mas alguém por muito tempo não visto, é fácil perceber as mudanças.
E se é importante sair, e também importante chegar, pode ser importante ficar algum tempo para algo diferente perceber. Entre idas e vindas, chegadas e partidas torna-se fácil perceber que o homem é um ser nômade. Viaja pelas cidades e pelo universo. As viagens e as mudanças aumentam o seu conhecimento, o seu universo.
 
Entre Natal/RN e Parnamirim/RN, 19/08/15
Dia do historiador
 
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domingo, 9 de agosto de 2015

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