terça-feira, 4 de outubro de 2016

Mudanças na educação

PDF 754


Mudanças na educação
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Correm notícias sobre mudanças na educação básica, chegam a falar em um atentado à educação. O governo assumiu o atentado, mas o sindicato de alunos não se posiciona. Apenas os professores criticam as decisões, que colocam em riscos seus empregos e suas posições na escala escolar, podem perder o domínio da régua e da palmatória. Decisões que ameaçam suas posições alcançadas, professores que sempre tiveram um domínio sobre as classes de alunos, apontando o que deve e o que não deve ser estudado. Professores que preparam provas antecipadamente, com direito a consultas, para depois aplicar aos alunos, com um tempo estipulado e cronometrado para responder, sem direito a consultas. E faz lembrar das aulas de anatomia, onde o aluno tinha um minuto para identificar e escrever na prancheta (com a prova) o músculo marcado no cadáver sobre a mesa do laboratório. A cada minuto tocava uma sineta era necessário passar para outra peça ou outro cadáver, para identificar outro músculo. O mesmo se dava nas provas com os ossos, identificando partes e acidentes ósseos.


Agora a maioria dos alunos tem a internet nas mãos, podendo confrontar perguntas e respostas. Transformações já se anunciavam desde o final do século passado, na década de 1990. A universidade vinha se conduzindo pela linha capitalista, criando currículos de acordo com a própria necessidade dos que a mantinham. A indústria apontava suas necessidades e os professores faziam a imposição do seu conhecimento. Professores que nem participavam da indústria e nem produziam conhecimento. Seguindo padrões, procedimentos e livros.
Por fim, a indústria e o mercado, já não vendiam mais produtos constituídos de matérias físicas, o capital foi tornando-se intelectual, um novo produto à venda, como informação e conhecimento, surgindo outros produtos agregados para venda, como as ideias e sistemas de procedimento. Ideias com um fim objetivo. A universidade que ensina o modelo é o principal modelo aplicado, construção de um produto: um aluno formado em sua linha de produção, produtos em série, com canudo, toga e capelo, tornando-os iguais.


E o território brasileiro vem sendo dominado por um produto, da indústria, talvez ainda não muito percebido, uma máquina ainda controlada, o automóvel, que vem evoluindo e sendo especializado para rodar sem motorista, totalmente computadorizado. O consumidor é robotizado para trabalhar e comprar um automóvel.
Hoje as ruas estão tomadas pelos automóveis, movidos a combustíveis fósseis, pesquisados e transformados por Cias estrangeiras, a grande jogada dos países estrangeiros. Vender carros que criam dependências, de combustível, reparo e manutenção. Financiados por linhas de créditos internacionais e segurados por multinacionais. O país foi dominado pelas montadoras estrangeiras, armadas de marketing e merchandising.. Fizeram a ocupação sem um disparo, não trouxeram suas tropas de exércitos. Mas promoveram um auto sufocamento, criado por carros e consumidores alucinados por marcas e modelos. Aos poucos vão inserindo monóxido de carbono.
O automóvel foi um grande negócio para outros países. Com navios, muitas vezes uma frota própria, trocam carros pelo mundo, com uma fábrica em um país ou outro, de acordo com seus interesses políticos, industriais, comerciais e financeiros. E para manter seus carros em funcionamento, os proprietários, precisam de peças e acessórios, produzidos pelas mesmas fábricas, ou conglomerados financeiros. Precisam de óleos e combustíveis, seguros e financiamentos. Precisam de reparos e recuperação ao longo do tempo. Um vistoria é programada ao sair da fábrica. Com GPS permitem uma localização, com quantidade e variedade..
Precisam de ruas, garagens estacionamentos, tomando os espaços da cidade, de ruas e residências..


A indústria automobilística nacional foi incentivada, mas não sobreviveu a concorrência internacional. Foi apenas mais uma estratégia, deixar que o Brasil entrasse em uma concorrência, julgando poder participar do grupo dos industrializados. O mesmo se dá com os combustíveis a partir do petróleo e da cana de açúcar, com Petrobras e Coopersucar.
A próxima decepção pode acontecer no ar, onde Embraer não vai poder concorrer com Boeing e Airbus, uma na União Européia e outra nos EUA.


O governo assumiu a posição de criar uma grade curricular mais livre. Ficando a cargo do aluno uma escolha do seu conhecimento, formador do seu capital intelectual.

RN, 04/10/2016