quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Antes de Cristo e Depois de Cristo


Antes de Cristo e
Depois de Cristo
 
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 Conta como pregação religiosa, que a crucificação de Jesus teria sido com objetivo da salvação do pecado cometido pelo homem. Salvação do pecado? Salvação do homem? Qual o pecado? Talvez o mais correto seria denominar de erro, um descumprimento de uma observação, uma regra alertada por Deus. O não obedecer uma orientação. E a igreja denominou como pecado um erro diante daquele, contra aquele que está invisível. E suas consequências seriam inimagináveis, ao contrariar aquele que está oculto. O medo do oculto. O medo daquele que criou tudo, desde as estrelas no infinito ao ser humano aqui na Terra com minerais, vegetais e animais. Criou o dia e a noite, o Sol e a Lua, o inverno e o verão, e deram início as dualidades, a formação do casal. Do sim e do não, do pecado ditado e do pecador. O pecador e o não pecador. A dualidade do visível e do invisível, do concreto e do abstrato; do antes e do depois. Adão e Eva marcaram um momento, a presença do homem na Terra.

A tríade pelos grandes reinos: mineral, vegetal e animal; na terra, no mar e no ar; pelo Pai, pelo Filho e pelo Espírito. E o espaço tridimensional. O tempo surgiu como uma quarta dimensão, a localização dos elementos e dos seres no tempo e no espaço.

A Bíblia diz que Jesus Cristo foi crucificado em um madeiro. Um tronco fincado perpendicularmente. Com o tempo e o passar da história, criou-se a cruz. O Cristo crucificado com os braços abertos. Muito provavelmente, a cruz conhecida hoje, tenha sido criada, idealizada por São João da Cruz. A criação de um símbolo remetendo ao Cristo crucificado. E outras cruzes foram criadas, desde a cruz Tau (T), com três pontas até à cruz da suástica. A cruz de malta e a cruz vermelha. E a cruz voa pelos ares.

E uma cruz atravessou a história. Foi necessário um sacrifício de alguém para o homem incorporar uma imagem, a cruz. Incorporou-se a cruz e seus diversos usos, além de um significado mortuário, além da adoração. E o que seria o mundo de hoje, se não houvesse a cruz? O que seria do mundo sem duas retas cruzadas? A crucificação como um anuncio do céu, o anuncio da salvação.

Da religião surgiu a ciência. Nos mosteiros, os religiosos fizeram pesquisas e copilaram livros e livros manualmente, quando ainda não existia a tipografia. Nas igrejas um lugar de rezas, e aprendizado de conhecimentos. O que comer e quando comer, o permitido e o não permitido; o tempo e a hora de comer. Sem um conhecimento profundo comprovado pela ciência, ocultamente o melhor do alimento indicado. A Bíblia com o conteúdo de um conhecimento. Qualidade, conhecimento, higiene, saúde e verdade, pontos utópicos e inatingíveis, mas com a necessidade eterna e permanente de serem alcançados.

A leitura da Bíblia para quem não sabia ler e interpretar. O ato de batizar, com um significado do banho diário e necessário. E o ato de repartir, como sempre dividir o alimento. Orar antes das refeições, o bom comportamento diante da mesa, o respeito aos alimentos que doaram suas vidas. Nas igrejas o ilibado comportamento diante do altar. Para manusear a Torá, deve-se fazer um total asseio dos braços e das mãos, um ritual de limpeza e higienização, antes de tocar e manusear o livro sagrado. Bíblia e Tora o início da ciência. Genesis e Gilgamés passaram um conhecimento; proteger os animais de chuvas e alagamentos.

Com duas mãos e dez dedos, o homem criou o sistema decimal. Contou até dez. Criou dezenas e centenas. Contou decênios, séculos e milênios. Inventou o ábaco com os múltiplos de dez. Com os dias dedicados à criação, criou os dias de uma semana. Com as fases da Lua criou as semanas. Com o número dez diante das mãos criaram-se os dez primeiros meses do ano; ... setembro, outubro, novembro e dezembro. Com a presença de poderosos governantes chegaram outros meses: junho, julho e agosto, totalizando doze. E com uma ciência mais precisa, pela astronomia, criou-se o ano bissexto para compensar o deslocamento da Terra em torno do Sol, caracterizando as estações do ano. Faltavam algumas horas para um ciclo completo em torno do Sol, e foi adicionado mais um dia a cada quatro anos.

A roda surgiu à mente ao ver uma pedra rolando. Foi uma inspiração inicial. Com uma arvores rolando e descendo uma encosta pode ter havido uma confirmação. O ângulo de observação foi fundamental. A Lua cheia também pode ter contribuído; e contribuiu também com o arco. Com rodas e arcos promoveram-se torturas e batalhas. Rodas movimentaram os engenhos, com prensas e carroças. As ideias surgem pela observação, criando novos usos. Nos remédios observam-se os efeitos colaterais, que podem dar novas ideias a outras patologias.

Sem uma cruz Renée Descartes não se inspiraria em construir um gráfico com dois eixos cruzados, o eixo cartesiano. Sem uma cruz não existiriam muitos instrumentos e ferramentas: martelos, picaretas e enxadas, para transformar uma extração e uma agricultura. Instrumentos e equipamentos que deram um primeiro passo ao desenvolvimento. A cruz complementou as carroças, criando carruagens com pares de animais.

Sem uma cruz não haveriam cortes e costuras auxiliados por uma tesoura, com laminas e alças dispostas em cruz. Não existiriam os alicates como ferramentas mais desenvolvidas para outras atividades. Sem a cruz não haveriam postes para iluminação em ruas que se cruzam em cruz. Na natureza há uma única linha reta visível. É a linha do horizonte. Arvores são contorcidas, torcidas e curvadas pelos ventos. E morros e montanhas, são assimétricas pelos movimentos geológicos, sobre solos diferenciados.

Sem uma cruz não existiriam os postes que seguiam paralelos as ferrovias, suportando e conduzindo fios que levavam um sinal do telégrafo para a estação seguinte, chegando com informações antes da chegada do trem. Sem uma cruz não se faz uma armação para suportar o telhado de uma casa. Deus o arquiteto do Universo, e o deus contido no homem, criado a imagem e semelhança.

Sem uma cruz o homem não teria dividido o planeta em eixos de latitudes e longitudes, formando coordenadas, para marcar um ponto sobre um mapa ou sobre o planeta. Com uma cruz foi possível criar um esquadro, e também é possível traçar círculos. A cruz e os ângulos retos estão presentes nos cômodos de uma casa. Nas esquinas de um terreno, em um loteamento.

Com as sombras das pirâmides, surgiu o triangulo, e o estudo de seus ângulos, que ajudaram calcular alturas e distancias. O conhecimento baseado em sombras.

O eixo com números positivos e negativos, foi além, estabelecendo correntes elétricas positivas e negativas, correntes continuas e correntes alternadas com a sigla inglesa: AC/DC. E grupos de rock que marcaram um novo momento, na nova era da pedra rolada.

 

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Em 4/11/15

Entre Natal/RN e Parnamirim/RN

 

por
Roberto Cardoso (Maracajá)
Reiki Master & Karuna Reiki Master
Jornalista Científico
FAPERN/UFRN/CNPq
 
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Maracajá
 
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